segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

EUGENIE GRANDET E OS SEMBLANTES BURGUESES: a sociedade pós-Revolução Francesa sob a tirania do capital.

Helayne Xavier Bras[1] (UFMA)
Balzac n’a pas eu une vision bourgeoise du monde réel, mais une vision réel du monde bourgeoise.
André Wurmser, 1964
Honoré de Balzac nasceu na cidade de Tours no ano de 1799. Seu pai, um modesto funcionário, e sua mãe, uma mulher fria que não desenvolveu laços afetivos com o filho, encaminharam seus estudos rumo a um futuro de advogado. Chegou a estagiar como tabelião, mas acabaria por desistir da futura carreira na advocacia, o que muito desagradou a família. Não nos deteremos numa biografia desse escritor, pois nosso objetivo é apontar algumas características da escrita do autor da Comédia Humana utilizando como fonte o romance Eugenie Grandet. No entanto, é necessário assinalar o papel que teve na formação do escritor o seu relacionamento junto aos pais.
Do pai teve a inspiração do seu otimismo e humanismo e da mãe o pessimismo, a frieza que a ele dispensou, não chegado o menino Balzac a entender o que significaria “amor materno”. Conforme Pierre Barbéris:
Nos dois casos, o elemento sócio-histórico se compõe e joga com o elemento pessoal e profundo, único. O eixo paternal será aquele da política e da ambição. O eixo maternal será aquele da autodestruição constante do niilismo elegíaco ou irascível... Balzac foi sempre um ser profundamente responsável, ambicioso e ávido. (BARBÉRIS: 1971, pág. 17)
Balzac se notabilizou no mundo literário por ser o único escritor que viveu unicamente de sua pena. Pela proporção da proposta de A Comédia Humana podemos percebê-lo: ele propõe ao todo vinte e seis títulos, estes divididos em Cenas da vida privada e Estudos filosóficos, no entanto, escreveu teatro, textos jornalísticos... O que Balzac pretendia era construir um relato do que acontecia na França da pós-Revolução, onde triunfara a burguesia. A partir dessa célula saíram os Estudos de Modos, verdadeiras seções onde o escritor construiu romances e contos que seguiam a seguinte classificação: Cenas da vida da província, Cenas da vida parisiense, Cenas da vida militar e Cenas da vida do campo. Percebe-se nessas “cenas”a preocupação com o detalhe, o grande sistema da sociedade francesa seccionado para que a observação do seu funcionamento fosse facilitada com um rigor quase científico.
A história, como pretendia Balzac, em seus detalhes era muito importante, no entanto mais importantes eram os problemas que se mostravam com esse “olhar mais apurado”. A forma como Balzac classificou as secções de sua Comédia Humana não é importante até porque o autor acabou por cometer alguns erros quando, por exemplo, fazia alguns personagens transitarem em vários romances, alterando por vezes seu caráter conforme a trama era desenvolvida, (em verdade, Balzac acreditava não ser um ficcionista, seus romances não eram invencionices, mas imagens da sociedade, ele acreditava haver aqueles personagens nas províncias, em Paris... enfim, aqui não funcionaria aquela máxima de que “qualquer semelhança com pessoas reais será mera coincidência”!). Sua preocupação não era tanto com a narrativa, mas com a questão teórica e filosófica que sua obra suscitaria.
Dessa forma, encontramos dois modelos nos quais Balzac se inspirara para escrever: Walter Scott e as ciências naturais. Sua pretensão era fazer uma história da França através de romances, mais após alguns títulos por vezes inacabados Balzac se detém na Histoire d’aujourdoui, classifica aos indivíduos e suas posições em espécies sociais, como as ciências naturais classificam seus objetos de estudo, além de encarar a sociedade como um sistema passível de observação. Balzac é, portanto, um escritor inovador. Ao levar seus personagens de um romance a outro, mesmo que sejam histórias pertencentes a grupos diferentes, imprime um sentimento que ultrapassa os limites literários, por isso Barbéris conclui que os títulos pouco importavam, eles apenas anunciam a intencionalidade de Balzac: fazer de sua obra uma espécie de cartilha que pretendia mostrar e ilusão e o perigo do mundo regido pelo dinheiro.
A Comédia Humana é um estudo do homem que se propõem uma ciência do homem onde são pontuados não apenas os comportamentos, mais o pensamento. O mundo francês que ele descreve é um mundo acometido por uma patologia social causada pela vitória do capital. Balzac tenta fazer a literatura ultrapassar seu sentido de entreter ou emocionar e a encaminha em direção às ciências humanas. Nesse conjunto de obras tanto o homem como o mundo moderno são problematizados e mesurados um com o outro. A Comédia Humana pode ser concebida então como um dossiê, donde depuramos uma análise que parte da demonstração e formulação de uma visão da vida e seu funcionamento sob a perspectiva do capital.
É dessa forma que Balzac inicia um estudo materialista da humanidade. O capital venceu com isso a humanidade marcha não em direção ao progresso e ao enriquecimento, mas à luta de todos contra todos, inclusive de cada indivíduo contra si mesmo, no interior de si mesmo. Antes desse evento (a consolidação do Capitalismo) a sociedade era mais homogênea no que dizia respeito a forma de ver o mundo, a ideologias e práticas. A introdução da noção de capital gera novos interesses que vão compartimentar os indivíduos, tanto que leva a sociedade a se esclerosar diante da fome pelo poder, da avareza, ambição, da loucura. Balzac já concebe uma visão que permearia mais tarde a idéia de dialética materialista, conforme Barberis, Balzac defendia que não há descrição sem dinâmica nem tipologia sem dialética:
... a partir da unidade revolucionária, a vida privada (a família), a vida parisiense (as condições de urbanização e do desarraigamento das populações), a vida da província,o subdesenvolvimento, mas também as chances por vezes existentes de refazer o mundo fora do liberalismo e da “industria” serão as utopias de Balzac, a vida política (as novas instituições, a vida militar são fabricadas de qualquer sorte biológica, mas historicamente explicável, não diabólico, mas legítimo, uma humanidade nova, dividida contra si mesma, em marcha, em direção a infinita divisão, em direção da destruição e da loucura. (Idem, pág. 25)
A França que a Comédia Humana apresenta é uma imagem, uma pintura de vidas divididas, do subdesenvolvimento, de conflitos frustrados e dramas secretos. Enquanto representação de um olhar de um homem que descreve as impressões que tem do mundo que o cerca, funciona como um documento, que deve ser manipulado com as devidas reservas que cabem à utilização da literatura como fonte documental.
Mais tarde o Marxismo anunciará que a sociedade capitalista é individualista. Conforme LESSA-TONEY (2004), antes do capitalismo existia uma ligação entre indivíduo-sociedade, mas que acabou por ser rompida:
A vida social passa a ser predominantemente marcada pela propriedade privada e a razão da existência pessoal deixa de ser a articulação com a vida coletiva para ser o mero enriquecimento privado. O dinheiro passa a ser a medida e o critério de avaliação de todos os aspectos da vida humana, inclusive os mais íntimos e pessoais. Com o dinheiro, como diz Heifel compra-se até o amor. (p. 47).
Dessa forma Balzac apresenta uma nova dimensão do real apresentando a economia como um grande sujeito literário. Nessa perspectiva o romance Eugenie Grandet, de 1833, apresenta bem os semblantes burgueses, patológicos e cruéis que acabam por sacrificar a felicidade daqueles que por razão de seu espírito desapegado dos bens materiais não foram corrompidos pelo dinheiro.
O romance está inserido nas Cenas da vida na província, exatamente a província de Saumur. Trata-se do relato da atuação da família Grandet nesta província, sendo o senhor Grandet um “bom senhor”, assaz inteligente, que soube fazer render seu capital no momento certo, o homem extremamente sovina, e mal (a quem cheio de ironia o narrador chama de “bom velho”, mas explica ser este um mero pronome de tratamento dispensado aos mais idosos e que em nada denuncia o verdadeiro caráter do indivíduo assim alcunhado) que sacrificou a felicidade da mulher e da única filha em nome de sua ambição de acumular riqueza pelo prazer de vê-la aumentada sem, no entanto utilizá-la para proporcionar conforto e felicidade. Na descrição do enriquecimento de Grandet, Balzac demonstra uma tenaz observação das práticas burguesas de acumulação de capital:
Pai Grandet era, em 1789, um bem-sucedido mestre-tanoeiro que sabia ler, escrever e contar. Quando a República Francesa colocou á venda, em Saumur, os bens do clero, o tanoeiro, que na época tinha quarenta anos, acabava de casar-se com a filha de um rico comerciante de madeiras. Então, Grandet dirigiu-se ao distrito, provido de sua fortuna pessoal e do dote, num total de dois mil luises de ouro, e ali, diante uns dez mil francos oferecidos por seu sogro ao rigoroso republicano que fiscalizava a venda de bens nacionais obteve, por um bagatela, legalmente, embora não legitimamente os mais belos vinhedos das cercanias, uma velha abadia e algumas herdades... (BALZAC: 2002, p.21)
Mais tarde ao analisar o tamanho dos rendimentos de sua empregada, que aplica tudo o que ganha, Grandet descobre a prática da usura como um eficaz meio de multiplicar dividendos sem muito esforço. O homem sabia como aumentar seu capital, Balzac o compara a feras perigosas quando se tratava de economia:
Pelo lado financeiro, Grandet lembrava o tigre e a jibóia. Sabia esconder-se, abaixar-se, observar longamente a presa até dar o bote. Depois, abria a garganta de sua bolsa, engolia um monte de escudos e se deitava calmamente, como a cobra que digere impassível, fria, metódica... (Idem: p.21)
Grandet controlava tudo, estipulava a quantidade dos víveres do dia, acostumou a família à escuridão e ao frio para que não gastasse com despesas para eles dispensáveis. Sua esposa uma mulher totalmente submissa, a empregada Nanon que o idolatrava, vendo nele um homem bom que lhe socorreu num momento de necessidade e que não conseguia enxergar o estado de servidão em que vivia, e a filha Eugênia, uma doce moça que vivia mecanicamente todos os dias de sua vida fiando ou remedando as roupas do pai, não tinham noção da riqueza que o déspota acumulava ano após ano. No entanto, as famílias importantes da província tinham noção da riqueza dos Grandet e viam em Eugênia uma rica herdeira. Dessa forma, sem se dar conta, Eugênia vira alvo de duas famílias, os Cruchots e os Grassins.
A vida de Eugênia é amorfa, mas algo vai mudar quando na noite do seu aniversário de vinte e três anos aparece em sua casa um primo, Carlos Grandet, vindo de Paris, descrito como um dandi a quem o pai enviou após cair em falência e que queria longe para que não presenciasse seu suicídio. O moço refinado faz acender uma luz até então inexistente em Eugênia. O velho Grandet por outro lado, vê-se diante da incumbência de ajudar o sobrinho a se erguer diante da falência de sua família. Eugênia começa então a despertar para as vilanias do pai. Abre mão de suas economias para proporcionar certo conforto ao primo e enfrenta o pai quando ele demonstra insatisfação diante daqueles “exageros econômicos”. Apaixonada e decidida a ajudar o primo Eugênia entrega-lhe todas as economias que corresponderiam a quase seis mil francos em moedas de ouro com as quais todos os anos seu pai lhe presenteava (mas que julgava ser mais seus que da filha, visto que ela não os gastava mas guardava-os com se guarda uma lembrança) para que ele viajasse às Índias e refizesse a riqueza de sua família. Realmente comovido pela atitude da prima e emocionado diante da pureza daquele amor que ela por ele alimentava, pensa-se apaixonado por Eugênia e jura-lhe amor eterno. Carlos Grandet viaja, mas secretamente diz a Eugenia que eles são noivos e logo estariam juntos pelo matrimonio. Essa esperança aquece o espírito de Eugênia para quem aquele amor passa a ser tudo, às vésperas da data do ano novo, ocasião em que seu pai a presenteava com um dobrão de ouro, Eugênia e sua mãe ficam apreensivas, pois sabem da fúria do senhor Grandet quando tomar conhecimento de que a filha já não possui suas economias. Nessa etapa, Balzac faz uma analise do caráter do burguês, que diferente do homem do Antigo Regime não pensa na vida além, mas apenas no presente:
Os sovinas não crêem numa vida futura. O presente é tudo para eles. Esta reflexão lança uma luz horrível sobre a época atual, donde mais que outro tempo, o dinheiro domina as leis, a política e os costumes. Instituições, livros, homens e doutrinas, tudo conspira para minar a crença numa vida futura, sobre a qual o edifício social se apóia há mil e oitocentos anos. Hoje em dia a sepultura é uma passagem pouco temida. (Idem: p. 88)
A fúria de Grandet diante da insubordinação (assim julga-lhe o ato de ter gasto as economias) da filha é tanta que a torna prisioneira mantida a pão e água, o que agrava a saúde já debilitada da esposa e causa uma impressão negativa sobre sua pessoa na província. Quando sua mulher morre, Grandet convence a filha a abrir mão da herança da mãe em troca de cem francos anuais os quais não entrega a Eugenia. A riqueza do senhor Grandet só aumenta e quando da sua morte não se cansa de contemplar seu ouro aconselhando a filha a conservá-lo.
Após a morte do pai, Eugênia torna-se herdeira de uma rica e fabulosa herança. Mas a moça não foi corrompida pelo dinheiro, seu único desejo é o retorno do seu bem amado. Usa o dinheiro com justiça e mantém o mesmo estilo de vida que seu pai impôs a sua família. Por outro lado, Carlos em sua busca de refazer a riqueza da família acaba sendo corrompido pela fome de poder e sete anos depois de sua partida às Índias escreve à Eugênia anunciando-lhe seu casamento com uma marquesa e enviando-lhe uma ordem de pagamento do dinheiro que ela havia lhe emprestado. Ferida e sabendo-se trocada por uma situação financeira mais favorável que a sua (ao menos assim julgava Carlos) Eugênia descobre que o pai da noiva de Carlos não permite o casamento por conta das dívidas do pai do rapaz, propõe ao seu antigo pretendente Cruchot que quite as dívidas de seu tio, em troca do favor casa-se com ele, mas seria um casamento de fachada, pois Eugênia não vê interesse nenhum na vida afetiva. Dessa forma Carlos descobre que Eugenia é dona de uma fabulosa riqueza e que ele acabou por perder um grande negócio. Assim, ao término do livro Eugênia fica viúva, mantendo a rotina de uma existência amorfa, de costumes simples e cheia de privações as quais o pai a acostumara. Para sua existência o dinheiro não faz o menor sentido, ele apenas destruiu qualquer possibilidade de felicidade, de completude.
Balzac não poupa seus personagens. O senhor Grandet é um burguês faminto e tirano, sua esposa e filha, duas mulheres submissas que não têm qualquer noção do que fosse dinheiro na acepção que tinha o marido, contentavam-se sem pestanejar com o pouco que lhes era oferecido. Em volta deles, ferozes oportunistas à espera o momento de abocanhar um pedaço da riqueza que o velho acumulara e que tão bem conservava.
Mas Balzac mostra também uma nova perspectiva na formulação da imagem do sujeito nessa sociedade: Grandet é idolatrado por Nannon que só vê bondade no seu patrão, Eugênia, com algumas misérias que o pai lhe concede mostra-se verdadeiramente agradecida e satisfeita, a esposa apenas uma vez realmente conjecturou a sovinice do marido. De certa forma, Carlos tem seu amor (embora passageiro) comprado pelo ato de amor e virtuosidade da prima. A própria Eugênia enquanto alheia ao mundo do capital era a boa filha, quando se utiliza de suas economias torna-se uma vilã aos olhos do pai e uma imprudente aos da mãe. Aqui a máxima de Hobbes de que o home é o lobo do homem é demonstrada. Todas as necessidades e pensamentos humanos ficam subordinados ao capital, ou melhor, as várias formas de se gerar capital. Mas uma vez Balzac se antecede aos marxistas e mostra o que diz LESSA-TONEY:
... o Capitalismo deu origem a indivíduos que perderam a noção da real dimensão genérica, social, das suas existências, ficando presos à mesquinha patifaria, ao estreito e pobre horizonte da acumulação do capital. Ganhar dinheiro se tornou razão central na vida dos indivíduos, e a dimensão coletiva, genérica das suas vidas foi massacrada pelo egoísmo e mesquinharia que caracterizam o burguês. (LESSA-TONEY, 48)
Dessa forma a sociedade é apenas um instrumento para o enriquecimento do burguês, Grandet enriqueceu também ao creditar seus vizinhos, aproveitando-se de dificuldades, de eventos propícios que os menos afortunados não podiam se aproveitar ou cuja veacaria e escrúpulos não permitisse chegar a tanto.
Considerações finais
Balzac via a burguesia como uma classe doente, esclerosada pela procura insaciável ao enriquecimento, sacrificando sua vida e dos que a rodeava. Como mostrada na frase de abertura desse trabalho, Balzac mostrou a realidade do mundo burguês. O burguês é um sujeito que não vacila, que sabe como ser prático apesar de qualquer debilidade que possa ter. É o caso de Grandet que era gago, “mas que se servia de quatro frases exatas como formulas algébricas para resolver todas as dificuldades da vida e do comércio: não sei, não posso, não quero, vamos ver”.
Nesse mundo o soberano é o dinheiro. O burguês, seu escravo, usa de qualquer meio para alcançá-lo: “A figura de Grandet, explorando a falsa afeição de duas famílias, tirando dali enormes proveitos, dominava o drama e iluminava-o. Não era o único deus moderno em que se tem fé, o Dinheiro em todo o seu poder, expresso por uma só fisionomia?” (p.40).
Percebemos, portanto porque Marx tenha iniciado uma leitura marxista de Balzac, demonstrando a intenção de dedicar à Comédia Humana um estudo em O Capital, além do próprio Engels que disse ter achado em Balzac uma explicação mais verossímil sobre a política e a economia burguesa do que em qualquer economista e historiador de profissão(BARBÉRIS: 1971, pág 37).
O Marxismo viu na obra balzaquiana uma das mais importantes verificações das suas teses fundamentais, a de que a máquina a vapor havia feito uma revolução mais importante e mais profunda que as Três Revoluções Gloriosas que para a História mostraram a vitória definitiva da burguesia francesa sobre o regime monárquico. Balzac já se referia na sua Comédia a um materialismo dialético donde as forças profundas são econômicas, à lei dos contrários que fazem o movimento da História. Nessa perspectiva o mundo pintado por Balzac é negativo, escuro, ele está submisso à tirania do capital, é um mundo desumanizado.
Bibliografia
BARBÉRIS, Pierre. BALZAC : une mythologie réaliste. Collection « themes et textes ». Paris : Librairie Larouusse. 1971.
CASTEX, P.G. ; SURER, P.. Manuel des études littéraires françaises, XIX siécle. Paris : Librairie Hachete. 1966.
BALZAC, Honoré de. Eugênia Grandet. São Paulo : Martin Claret. 2002.
LESSA, Sérgio. TONET, Ivo. Introdução á filosofia de Marx. 2004. Disponível em < HTTP//www.unicamp.br/>, pesquisa realizada em 11/08/2008.


[1] Possui graduação em História Licenciatura Plena pela Universidade Federal do Maranhão (2008). , atuando principalmente nos seguintes temas: literatura, história, autoria, cultura popular e teoria.


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