quarta-feira, 20 de junho de 2012

Mini-cursos no Encontro Norte Nordeste de Ciências Sociais

MC01 - Justiça e Equidade no Pensamento Social e Político Brasileiro: José Bonifácio, Joaquim Nabuco e Florestan Fernandes

Coordenação: José Henrique Artigas de Godoy (UFPB)
O Supremo Tribunal Federal está prestes a julgar a constitucionalidade de políticas públicas voltadas para a redução de desigualdades históricas. A garantia de direito de propriedade para as comunidades negras rurais, os quilombolas, assim como as políticas inclusivas expressas nas cotas para afrodescendentes nas Universidades remetem a um longo debate sobre a importância das políticas afirmativas e compensatórias como meio de promoção de equidade e isonomia. Desde o início do século XIX alguns pensadores propuseram a integração da população afrodescentente por meio de estímulos e incentivos à autonomia do cidadão. José Bonifácio, Joaquim Nabuco e Florestan Fernandes, em tempos diversos, defenderam, no parlamento e fora dele, uma ação afirmativa do Estado no sentido da garantia dos fundamentos para a cidadania. A plataforma de Bonifácio incluía a  emancipação dos escravos com a sua incorporação por meio da garantia de terra e apoio financeiro para que, uma vez livres, pudessem se tornar autônomos e preparados para a vida civil e o exercício da cidadania. Nas teses professadas por Nabuco sobressai o argumento de que a abolição seria apenas o primeiro passo para superar um conjunto de preconceitos e desigualdades construídos durante séculos, a “obra da escravidão”. A tese de Florestan recompõe os argumentos de Nabuco e Bonifácio, indicando que a construção da cidadania só poderia advir da integração do negro na sociedade de classes. Desde o início da formação do Estado nacional propõe-se a promoção de políticas compensatórias que reconheçam a desigualdade como fundamento para a promoção de políticas de equidade.
MC02 - Tecnologias de Poder e Técnicas de Si: relações de dominação e resistência na emergência de novas problemáticas sociais

Coordenação: Cindia Brustolin (UFMA), Ramon Luis de Santana Alcântara (UFMA)
O minicurso proposto visa fornecer matrizes conceituais e ferramentas metodológicas a partir da perspectiva teórica de Michel Foucault para discutir as temáticas propostas para o Encontro de Ciências Sociais do Norte e Nordeste, quais sejam: desenvolvimento, relações ambientais, paisagem humana.  Serão abordados dois eixos centrais do pensamento foucaultiano: 1) as discussões sobre a razão do estado e os dispositivos de segurança e 2) os processos de subjetivação dos indivíduos em meio às relações de saber-verdade-poder, abrangendo a discussão da constituição de um sujeito resistente. Procura-se trazer elementos que permitam pensar a emergência de novas problemáticas sociais e as relações de poder subjacentes.
MC03 - Sociologia no Ensino Médio: experiências, desafios e formação

Coordenação: Amurabi Oliveira (UFAL)
Este curso tem como objetivo principal trabalhar algumas questões relativas ao Ensino de Sociologia na Educação Básica, voltado principalmente, mas não exclusivamente, para graduandos de licenciaturas em Ciências Sociais, Professores que estão atuando em sala de aula, e alunos de Iniciação à Docência, porém também está aberto ao público em geral. Buscamos discutir desde as questões mais gerais que se colocam no horizonte dos desafios ao Ensino de Sociologia no Ensino Médio, passando pelo planejamento das aulas, e desenvolvimento de estratégicas de ensino, em que se busque articular a consistência teórica e pedagógica no ato de Ensinar.
MC04 - A Economia Criativa no Nordeste e no Brasil

Coordenação: Elder Patrick Maia
Reflexão sobre as principais condições de possibilidades responsáveis pelo aparecimento do tema da economia criativa no Brasil e no mundo, destacando as novas relações entre arte, técnica, mercado e memória e a consolidação do processo de digitalização do simbólico, responsável, ente outros aspectos, pela profusão de novas formas, usos e experiência de produção e consumo de bens, serviços e atividades simbólico-culturais, assim como pela complexificação geral das relações entre meios e mediações, deslocando a relevância dos suportes físicos. Busca-se conduzir uma reflexão sobre o poder teórico da categoria e do tema da economia criativa no interior do processo de expansão e recrudescimento do capitalismo cultural brasileiro, descortinando transformações no interior da critica político-cultural especializada e ampliada, a partir da qual se pode compreender a emergência de novos critérios de definição e classificação da criatividade. De outro lado, mas explorando a mesma trama empírica, pretende-se esquadrinhar o terreno de possibilidades e conexões político-institucionais que tem permitido as ações e os programas, no âmbito da administração cultural brasileira, destinados à economia criativa. A partir desse norte, tem-se como desiderato montar um panorama empírico e analítico que faculte a compreensão acerca da atuação dos principais agentes do tema da economia criativa no Nordeste e no Brasil, percorrendo o caminho que conforma um conjunto de novas afinidades eletivas ligando o tema da economia criativa à diversidade e criatividade das expressões artístico-culturais populares e o tema e as políticas do patrimônio imaterial sertanejo-nordestino.
MC05 - Proposta de Metodologia para o Desenvolvimento de Projetos Sociais e Populares na Abordagem da Sociologia Clínica e do Trabalho.

Coordenação: Sonia Marise
A experiência com grupos vivendo em situações de crise se torna uma das motivações para o desenvolvimento de possíveis caminhos para a melhoria de suas vidas. O sentido da crise reflete nos grupos no aspecto financeiro, com o empobrecimento material, no aspecto social, com a menor possibilidade do exercício da cidadania, no aspecto político, com menor poder de decisão e, no aspecto psicológico, comprometendo a auto-estima e a autonomia do indivíduo. O perfil dos grupos populares em condições de vulnerabilidade social suscita a análise dos problemas sociais, abrangendo as dimensões psicológicas, sociais e institucionais1. Por isso, a construção da autogestão nos grupos pressupõe uma experiência abrangendo as dimensões jurídico-econômica, político-administrativa e sócio-psicológica, enfatizando a interdependência e a complementaridade entre elas. A dimensão jurídico-econômica aparece nas reflexões referentes à perenização das leis, conquistadas pelos movimentos sociais e a necessidade da institucionalização das políticas públicas, no campo da Economia Solidária; a análise das questões econômicas suscita a abordagem dos problemas de acesso ao crédito, renda, mercado e trabalho. A dimensão político- administrativa mostra as diversas formas de exercício de luta pelo poder na comunidade local e na sociedade em geral, as formas de dominação, resistências e conflitos, os níveis de acesso às instâncias decisórias e aos mecanismos da gestão. A dimensão Sócio-Psicológica reflete sobre as interações intersubjetivas que se estabelecem entre os membros do grupo e, entre estes e o empreendimento. Revela a compreensão coletiva sobre o trabalho e a auto-gestão do empreendimento, as identificações e as identidades coletivas dos grupos e a possibilidade da construção das redes sociais no campo da produção. A metodologia proposta para permitir um desenvolvimento social desses grupos populares traduz o acesso às experiências dos grupos, levando a compreensão de suas formas de organização. Essa interação contínua possibilita o registro ontológico dos sujeitos (suas trajetórias de vida e de percepção de mundo), o registro da racionalidade (formas de apreensão do conhecimento e do real) e o registro emocional e intersubjetivo (formas dos vínculos sociais). O conhecimento gerado por esses registros passa a fazer parte da própria condução do planejamento das ações e dos caminhos alternativos para o desenvolvimento social desses grupos populares.
MC06 - A Construção Social do Gênero nas Ciências Humanas e Sociais

Coordenação: Silvana Bitencourt (UFMT), Moisés Lopes (UFMT)
O presente minicurso abordará os vários sentidos atribuídos ao gênero a partir de análises desenvolvidas por diversas estudiosas/os das Ciências Humanas e Sociais, possibilitando assim uma reflexão sobre os diversos enfoques que envolvem/envolveram a produção do conhecimento neste campo de estudos. Partindo desta perspectiva, temos como objetivo principal introduzir a discussão sobre gênero como um dos princípios que fundamentam a compreensão do mundo social na medida em que marcam distinções entre sujeitos e entre identidades pessoais e coletivas. Esta reflexão será realizada a partir de algumas formulações teóricas e metodológicas e textos emblemáticos que fundamentaram a construção deste campo de pesquisa.
MC07 - BIOÉTICA: um diálogo interdisciplinar imprescindível

Coordenação: Nádia T. Covolan
O minicurso tem como objetivo apresentar os fundamentos da Bioética enquanto Ética aplicada pertinente aos dilemas ocasionados pelo avanço da tecnociência. Discutir o instrumental interdisciplinar das ciências Naturais, Humanas e Sociais em uso pelas diferentes correntes bioéticas, para pensar ações individuais e coletivas, frente às possibilidades abertas pela manipulação genética e do átomo, como também da bioengenharia humana, vegetal e animal.
MC08 - A ideologia do Terceiro Setor: elementos para uma análise crítica

Coordenação: Gabriel Eduardo Vitullo (UFRN)
Este minicurso visa abrir um espaço para a discussão da emergência da ideologia “onguizadora”. Ideologia, esta, que surgiu de maneira concomitante à ascensão do modelo neoliberal e que, curiosamente, consegue manter sua vitalidade mesmo diante da forte crise que vem sofrendo tal modelo econômico. Assim sendo, objetiva-se: Analisar o papel que esta ideologia desempenha como legitimadora da retirada do Estado no tratamento da questão social. Examinar a contribuição prestada pelo discurso “onguizador” ao processo de conversão de direitos em favores, cidadãos em passivos beneficiários e políticas universais em medidas refilantropizadoras como resposta às demandas sociais. Refletir sobre as mudanças que o conceito de “sociedade civil” experimentou no âmbito acadêmico ao longo dos últimos anos e as vinculações desse processo com o avanço do discurso “onguizador”. Metodologia: Leitura comentada. Exposição dialogada. Exibição de filme seguido de debate com os participantes.

mais informações em:

L'exportation de la démocratie et de la civilisation occidentale...




terça-feira, 5 de junho de 2012

Revoluções burguesas e capitalismo (esquema de aula)

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Fundamentos do Ensino de História e Geografia.

Universidade Estadual do Maranhão, Centro de Estudos Superiores de Caxias.
4º Periodo de Pedagogia


Cronograma da III unidade  

1º aula 12/06/2012 (expositiva)
Apresentar cronograma
Apresentar o PCN de História e Geografia e expor alguns fundamentos teóricos e epistemológicos que norteiam o ensino de História e Geografia.
Pressuposto sociológico da educação.

Aprender a Ensinar História no ensino fundamental.  (P.35-41)
Conteúdos de História: critérios de seleção e organização (p.42-45)

3º aula 19/06/2012 (Seminário de alunos)
Primeiro Ciclo  de História  (p.49- 59)
4º aula 21/062012 (Seminário de alunos)
Segundo Ciclo de História  (p.61-73)

5º aula 26/06/2012 (exposição dialogada)
Carta de Paulo Freire aos Professores  ( professor)
Orientações Didáticas (p.75-95)   Alunos
6º aula 28/06/2012 (exposição de alunos)
Expor fontes fotografias e problematizar seus usos enquanto recursos didáticos.
Explicar uso de hemerotecas enquanto recurso didático e forma auto reconhecimento
Caracterizar museus e fontes locais enquanto recurso didático e forma de auto reconhecimento.

 Conteúdo – Geografia
7º aula 03/07/2012(expositiva)
Aprender a Ensinar Geografia no ensino fundamental.  (P.113-119)
Objetivos gerais de Geografia para o ensino fundamental e critérios de seleção e organização de conteúdo. (P.121-124)
8º aula 5/07/2012 (Seminário)
Primeiro Ciclo de Geografia (p.127 -137)
9º aula 10/07/2012 (Seminário)
Segundo Ciclo de Geografia (p.139- 151)
10º aula 12/07/2012
Orientações Didáticas (p.153 -155)
(Leitura de paisagens, descrição e observação, explicação e interação)
Apresentação e explicação de recursos didáticos que favoreçam a interpretação de paisagens.
11º aula 17/07/2012   (2º chamada)
12º aula 19/07/2012  (recuperação)
 13º aula 24/07/2012   (Notas finais)

Bibliografia  básica
FREIRE, Paulo. Carta de Paulo Freire aos professores. Estud. av. [online]. 2001, vol.15, n.42, pp. 259-268. ISSN 0103-4014.  http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142001000200013.
Disponível em:
Parâmetros curriculares nacionais : história, geografia/ Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF, 1997. 166p.

Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro051.pdf