quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Liberdade

Queria, apenas, correr
Esquece que me chamam
Dormi duas vezes consecutivas
Respira três vezes em 1 segundo

Marmanillo 29/10/09

A ilusão da paixão

Me apego fácil a um sentimento
Entro de cabeça, não atento
Ao mal que pode me fazer
Padecer de amor por você

No começo, me apaixono
Vejo incontáveis cores
Matizes, brilhos, tudo em ti parece colorido
Minha vida se enche de graça ao seu lado

Depois, passado o encanto
Enxergo o óbvio, carinho não tenho tanto
Como antes de saber mais sobre você

Do certo, agora o desencanto
Se pensar muito, me abre o pranto
Choro armaguras de amor
Resta-me o dissabor
De saber agora quem és, sem revés
Sem a ilusão que a paixão um dia me fez...

Chico Piancó Neto, 06/10/09

Repente urbano

Por algum tempo fui absorvido como engrenagem na maquina maior
que é a vida urbana
Sem tempo para pensar apenas caminhei
Em direção a parada de ônibus
Para depois esperar minha vez de subir

Ajustado entre outros corpos não podia nem cair
Respirar! com dificuldade
Pensar! nem pensa
O objetivo era sempre o destino final . . .

Era o famoso itinerário de produção
Sem brechas para o lazer
Nem mesmo para ser o que queremos ser

Dias e noites preenchidos por um tempo maquinado
Cuja finalidade escapa de nossas sensibilidades mais humanas

Marmanillo 29/10/09